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Política

Democracia participativa

São Paulo prepara eleição de conselheiros municipais

Antiga demanda da cidade, projeto do Conselho Participativo Municipal é inédito e pode aproximar a sociedade civil do poder público
por Ricardo Rossetto — publicado 03/10/2013 03:14, última modificação 03/10/2013 22:44
Gabriel Nogueira
Passado o furor das manifestações de junho, diversos especialistas parecem unânimes em afirmar que a origem dos protestos está no distanciamento entre a classe política e a sociedade civil. Se tal diagnóstico é correto, São Paulo, a maior cidade do país, parece indicar a disposição em criar um canal de diálogo entre a população e o poder público. Em 8 de dezembro, haverá uma eleição para que 1.125 moradores do município sejam nomeados representantes no Conselho Participativo Municipal. A expectativa é que as 32 subprefeituras da capital recuperem seu poder político, inserindo o cidadão no sistema de gestão da cidade, embora ainda haja dúvidas sobre a eficácia do sistema.
Os conselheiros serão eleitos por voto direto e facultativo em cada um dos distritos que compõe uma subprefeitura. A de Pinheiros, por exemplo, terá como conselheiros os moradores dos distritos de Alto de Pinheiros, Pinheiros, Itaim Bibi e Jardim Paulista. O número de representantes vai depender do tamanho de cada região, mas nunca será menor do que 19 ou maior do que 51. Os novos conselheiros tomarão posse no início de 2014 e seus mandatos terão a duração de dois anos. De acordo com o regulamento da proposta, é assegurado aos eleitos uma única possibilidade de reeleição.
Até o dia 7 de outubro, qualquer cidadão maior de 18 anos, residente no município e com título de eleitor, pode se inscrever na sede da subprefeitura da sua região para se candidatar a uma vaga de conselheiro. O único pré-requisito para os interessados é entregar uma lista com a assinatura de pelo menos 100 apoiadores (com nome, número de documento e telefone) à sua candidatura.
Governo e oposição
Os conselhos participativos foram criados por uma emenda apresentada em maio pelo vereador José Police Neto (PSD), que faz oposição à gestão de Fernando Haddad (PT). O texto foi aprovado no fim de junho (em meio à onda de manifestações) e parece haver consenso entre governo e oposição de que a medida é uma boa alternativa para a cidade.
“A democracia avança quando o cidadão enxerga representatividade além do vereador e portanto precisamos dar mais importância à opinião das pessoas sobre os locais onde elas moram”, explicou Police Neto em entrevista à CartaCapital. Segundo o vereador, apesar de já existirem hoje em São Paulo alguns mecanismos de controle social que determinam as políticas públicas em cada setor (como o de saúde, educação e segurança), o fato de serem divididos em temas prejudica sua atuação. “A criação do Conselho Participativo permitirá potencializar a articulação destas instituições já existentes, trazendo as diversas temáticas para uma visão mais transversal dos problemas”, afirma.
A prefeitura de São Paulo estima gastar entre 5 e 10 milhões de reais para realizar as eleições, que contarão com a estrutura do Tribunal Regional Eleitoral. Serão 10 mil urnas na cidade, divididas igualmente entre as 32 subprefeituras, com uma equipe de 30 mil mesários. “Talvez seja caro, mas a democracia tem um preço”, disse a CartaCapital o secretário adjunto de Relações Governamentais, José Pivatto. “Mas é importante dizer que as coisas estão sendo feitas de forma transparente, para um menor custo possível. Teremos uma ampla campanha de mídia para dar mais informações sobre esse processo eleitoral”, anuncia o secretário. “Nossa expectativa é que entre 400 mil e um milhão de paulistanos participem desse processo no dia 8 de dezembro. Será uma grande vitória para a cidade de São Paulo", emenda Pivatto.
A reportagem apurou que uma das medidas que estão sendo estudadas pelo Executivo - a pedido do vereador Police Neto - para incentivar as pessoas a irem às urnas no dia 8 de dezembro é oferecer transporte público gratuito até os locais de votação.
Espelho da sociedade
Os conselhos municipais podem servir para abrir espaço a movimentos sociais organizados. Desde 2004, Maxsuel José da Costa está à frente do Movimento Sem Teto do Ipiranga (MSTI), um dos muitos coletivos que lutam pelo direito à moradia em São Paulo. Recentemente, o MSTI alcançou um dos seus maiores objetivos: uma área inutilizada de 420 mil metros quadrados na Vila Carioca, em Heliópolis, será utilizada para construir moradias de interesse social. À frente do movimento, Maxsuel representa 12 mil pessoas. Agora, como candidato à conselheiro da subprefeitura do Ipiranga, continuará sua luta política para desenvolver as necessidades que a população da região mais necessita. “Saí candidato pelo compromisso que assumi com a comunidade pelo direito à habitação, saúde e educação, que são o básico do alicerce para uma vida digna”, disse. Além de Max, outros 19 candidatos do MSTI disputarão as 47 vagas que a região oferecerá.
Em debate realizado na Casa da Cidade na última quarta-feira 25, o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Relações Internacionais e Federativas, Gustavo Vidigal, afirmou que o Conselho Participativo precisa ser um espelho da sociedade, uma ferramenta influente onde as forças sociais e políticas se enxerguem.
Presente nesse debate, José Pivatto, das Relações Governamentais, minimizou o fato de conselho ser consultivo e não deliberativo. “Independentemente dessa discussão, a garantia de um espaço para a participação popular de uma forma democrática e ampla é de uma expressividade que não tem tamanho. Quando você garante o canal de participação para o povo ele cria seus próprios instrumentos”, disse.
O comerciante Jorge Ifraim, candidato a conselheiro pela região de Santana, na zona norte da cidade, discorda dessa opinião ao defender o “empoderamento” do Conselho como instância de tomada efetiva de decisões locais. Morador há mais de cinquenta anos do bairro, Jorge enxerga problemas graves de mobilidade urbana na região, que está circunscrita entre dois acidentes geográficos: o rio Tietê e a serra da Cantareira. “A grande maioria das nossas avenidas termina em lugar nenhum e estamos esperando há décadas por obras de prolongamento de vias”, afirma. “Um dos grandes problemas do poder público, independente da gestão e da ideologia no poder, e a falta de transversalidade entre os segmentos: os setores não se falam”, critica o comerciante. Ifraim defende as representatividades regionais pela sua capacidade de olhar de forma focada nos problemas. “Esses conselhos vão reconectar a sociedade com o governo.”
Os conselhos vão sair do papel?
A demanda pela descentralização na administração de São Paulo é antiga. Em 1992, a Lei Orgânica do Município criou condições para o surgimento de uma ampla gama de espaços de participação da sociedade nas políticas públicas, mas elas, de fato, nunca foram efetivadas na capital paulista. Em 2002, a então prefeita Marta Suplicy (PT) editou a Lei 13.399, que criou as subprefeituras, para onde deveriam ser destinadas as decisões de assuntos locais. Onze anos depois, as subprefeituras são, em grande medida, zeladorias urbanas – na gestão de Gilberto Kassab (PSD), 30 das então 31 subprefeituras chegaram a ser administradas por oficiais da reserva da Polícia Militar, uma estratégia que dificilmente poderia promover a democratização da administração.
Maria do Carmo Albuquerque, pesquisadora do Núcleo de Democracia e Ação Coletiva do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), afirma que a iniciativa, da forma como está estruturada, é inédita em todo o mundo. “A criação desse Conselho pode significar menos necessidade de protestos explosivos, na medida em que eles consigam efetivamente acolher novas vozes e novos atores de forma efetiva, evitando uma burocratização rígida e se mantendo aberto aos clamores sociais.” A especialista afirma, entretanto, que essa abertura por parte do poder público precisa se manter. "Caso os novos conselhos se tornem rígidos e burocratizados, novos clamores poderão explodir".
Wagner Romão, cientista político da Unesp de Araraquara e também do Cebrap, acredita que o conselho ampliará a comunidade política no entorno da subprefeitura, ajudando o subprefeito a ser mais sensível àquilo que a população – ou, pelo menos, os grupos organizados locais – desejam. Romão lembra que, hoje, cada vereador representa 200 mil eleitores, e que o projeto vai quebrar esse "oligopólio da representação". Cada um dos 1.125 conselheiros representará, em média, 10 mil habitantes. Para ocientista político os próximos anos serão um período de aprendizado democrático, por meio do qual os resultados poderão vir ou não. “Isso dependerá muito da capacidade de escuta do poder público, bem como da eloquência e capacidade organizativa dos próprios conselheiros", afirma.


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Metro News 09.set.13 pág. 6. 






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Revista ZN - junho/13 - pág. 24






http://ipad.revistazn.com.br/edicao-0137/#24/z




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AGZN - 11.maio.13 - capa e pág. 7







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Portal ZNnaLinha 




COMEÇA O PLANO DE BAIRRO DE SANTANA



Auditório do Colégio Luiza de Marillac - 06/Mai/2013

Foi dada a largada para a criação do plano de bairro de Santana. O auditório do Colégio Luiza de Marillac recebeu cerca de 100 pessoas para conhecer a metodologia proposta pelo movimento Santana Viva, que chegou a esse formato após diversas reuniões de seu grupo de trabalho. Agora a comunidade está convidada a participar. A próxima reunião será dia 03/06.

Momento do encontro do Plano de Bairro de Santana.

EM CONJUNTO - O movimento Santana Viva nasceu dentro da Associação Portal de Santana, em interação com a Rede Social Zona Norte. Essa iniciativa da sociedade civil encontrou eco na ação do vereador Police Neto, que destinou uma emenda orçamentária de R$ 100 mil para a preparação do plano de bairro de Santana. Essa verba será administrada pela subprefeitura local. Trabalhando em conjunto, a sociedade civil se propõe a levantar problemas e indicar soluções para a melhoria da qualidade de vida local, através do plano de bairro. 
QUASE LEI - O arquiteto Cândido Malta, urbanista que há décadas defende a criação dos Planos de Bairro (PBs), compareceu ao evento e detalhou como foi a realização do PB de Perus, no qual trabalhou. "Os planos de bairro se propõem a aperfeiçoar uma realidade, e assim devem dimensionar os equipamentos públicos, o déficit de creches, hospitais, avaliar qual a necessidade de novos equipamentos. O plano de bairro define essas coisas, inclusive reservando áreas para isso", afirmou Malta. O plano de bairro de Perus foi concluído, e já está votação na Câmara Municipal, para virar lei. 
ORÇAR TUDO - Em seguida começaram os depoimentos. Jorge Duarte, coordenador da área de desenvolvimento local do SENAC SP, falou sobre a construção do PB da Bela Vista. O vereador Police Neto, ao narrar a experiência de Perus, lembrou que os plano de bairro vão ao nível de detalhe: "Onde vai ficar o ponto de ônibus? Como vai ficar a calçada?", exemplificou Police. E reforçou a idéia de que tudo tem que ser orçado, precificado, para ser ligado ao orçamento municipal. 
SURPRESA O artista plástico Gustavo Freiberg falou sobre a experiência do PB de Vila Madalena, destacando a dificuldade de se conseguir a integração dos diversos atores que compõem um bairro. Em seguida houve a apresentação de um vídeo sobre o PB de Vila Pompéia. A surpresa da noite foi a presença do diretor de urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Kazuo Nakano, que afirmou que o Plano Diretor da Cidade e os Planos de bairro não são incompatíveis. Muito pelo contrário, são complementares.

Arquiteto Cândido Malta.
Diretor de urbanismo Kazuo Nakano


METODOLOGIA Após a apresentação da história do movimento Santana Viva, houve o fechamento do encontro, com a explicação da metodologia proposta. O grupo de trabalho que organizou o encontro apresentou a proposta de se dividir o distrito de Santana em seis áreas. Dessa forma se criará seis grupos locais de trabalho e discussão, que vão se encontrar nos próprios bairros. Depois esses grupos se reunirão mensalmente para alinhavar as partes e criar o Plano de Bairro do distrito de Santana. 

DIVISÃO - O distrito de Santana foi dividido em seis regiões: Santana, Vila Bianca, Santa Terezinha, Anhembi/ Carandiru, Jardim São Paulo e Água Fria. A referência foi um trabalho feito pela Secretaria Municipal do Trabalho, que dividiu Santana em seis "UDM"s - Unidades de Desenvolvimento Municipal. A construção do Plano de Bairro de Santana está aberta a todos os interessados. A próxima reunião será no dia 03/06 (2ª-f), às 19h, no colégio Luiz da Marillac, para discussão e detalhamento dos próximos passos. 

Minudências:

@ Uma proposta é usar a ferramenta digital do grupo Cidade Democrática, para ter a participação virtual das pessoas que não podem participar das reuniões presenciais. O endereço é www.cidadedemocratica.org.br

@ O urbanista Cândido Malta lembrou que o projeto do Arco Tietê, desenvolvido pela prefeitura, vai afetar diretamente a região de Santana, e que isso deve ser observado na construção do plano de bairro.

@ Clique AQUI para ver os mapas de divisão do distrito de Santana. Está no pé da página de Dados Sociais de Santana.


Fotos: Luis Fernando Bronzatto




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Blog Zona Norte  - 08.mai.13





http://www.blogzonanorte.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=798:santana-viva-quer-melhorias&Itemid=7


https://www.facebook.com/media/set/?set=a.474041596000332.1073741941.229102370494257&type=3&uploaded=44

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Matéria do jornal Metrô News de 02 de maio de 2013 aborda revitalização do canteiro central da avenida Cruzeiro do Sul, em Santana


http://issuu.com/folhametronews/docs/metronews-02-05-13  página 8


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Jornal O Estado de São Paulo - 04.abr.13 - pág. C9 (versão impressa)




Linha Azul: grades de canteiro são retiradas

Moradores fizeram abaixo-assinado contra as cercas na Cruzeiro do Sul; subprefeitura e Metrô negam responsabilidade por reformar área

04 de abril de 2013 | 2h 04

BÁRBARA FERREIRA SANTOS , RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

Após protestos de moradores, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) retirou no último fim de semana as grades que haviam sido colocadas no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da cidade, embaixo do viaduto onde passa a Linha Azul. O resultado final, porém, está bem pior do que antes: a área está suja de lama e entulho e nem o Metrô nem a Prefeitura assumiram a responsabilidade por reformar o local.
A instalação das grades começou no fim do ano passado por iniciativa de comerciantes locais, que obtiveram autorização do Metrô. O objetivo era aumentar a segurança na avenida, mas a reação de moradores da região foi grande e chegou até ao presidente do Metrô e ao subprefeito de Santana. As obras acabaram paralisadas ainda em 2012, mas só agora as grades foram completamente retiradas.
Moradores reclamam agora que o local está degradado e pedem a instalação de um corredor verde, parecido com o canteiro central da Avenida Braz Leme, a poucos quilômetros dali. No entanto, subprefeitura e Metrô dizem que não são responsáveis pela revitalização da área.
No local onde estavam as grades, há muito lixo, restos de roupas e de alimentos. "Acumulava sujeira no local e agora, sem as grades, eles vão ver e ter de tirar o entulho. Mas, como a mureta pequena ainda continua, eu acho que ninguém vai fazer mais nada", afirma o comerciante Jorge Ifraim, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades). Para ele, a criação de uma ciclovia vai estimular o uso do local pelos moradores. "O custo de uma ciclovia é barato, não precisa desapropriar nada e é só jogar terra, não precisa quebrar asfalto."
"Empurra-empurra". Esse projeto, porém, não tem previsão de sair do papel. Em nota, o Metrô afirma que as obras foram feitas por intermédio da subprefeitura local e que a companhia apenas ofereceu os gradis. "A obra não foi realizada pelo Metrô e, portanto, a companhia não responde por sua continuidade. Detalhes deste projeto ou de outras alternativas para a revitalização do local devem ser consultados na Subprefeitura de Santana", diz a empresa.
Já o atual subprefeito de Santana, Roberto José Pereira Cimino, diz que a área pertence à companhia. "Esta área é do Metrô. Que destinação eu vou dar para uma área que não é minha? Se estão jogando lixo em um lugar do Metrô, a meu ver quem tem de cuidar é o dono."
O subprefeito explica que para a ciclovia sair do papel, reuniões e análises de viabilidade terão de ser feitas. "Você pode desenhar o projeto que quiser, mas, na hora de arrumar o dinheiro, ninguém aparece. Para revitalizar a área, que é do Metrô, estou aguardando os moradores chegarem a um acordo sobre o que querem fazer ali. Esses recursos não viriam da subprefeitura, porque falta verba, mas podemos pensar em parcerias ou convênios."
Agora, o desafio de quem está acompanhando a questão é fazer com que Metrô e subprefeitura entrem em acordo para definir rapidamente o que fazer na área. "Acredito que logo vai haver um entendimento. As grades não ajudavam em nada a segurança, e a criação de uma área verde, com ciclovias, vai atrair mais gente para o local e, portanto, trazer mais segurança. Vamos conversar com os órgãos para tentar uma definição rápida", afirmou o vereador José Police Neto (PSD), que acompanha o processo.


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,linha-azul-grades-de-canteiro-sao-retiradas-,1016732,0.htm


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Jornal "AUT News" - março.13

O título da matéria é o slogan da Associação Portal de Santana e do Movimento Santana VIVA.

"Da Santana que amamos para a que merecemos".





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Jornal "A Gazeta da Zona Norte" - 24.nov.12 - pag.11




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Publicado em 08/11/2012 por 
Colocar grades em lugares públicos tem sido a solução encontrada pela prefeitura para evitar a degradação de algumas áreas. Mas muitos moradores e comerciantes são contra essa medida, e ela vem causando polêmica em alguns bairros. Procurada, a empresa que fechou parceria com a prefeitura e com o metrô para as obras na avenida Cruzeiro do Sul afirmou que as obras no local estão paradas desde o início de outubro e que o assunto será discutido em uma reunião na semana que vem.

Repórter: Vanina Pinheiro






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Qual a solução?

Gradeamento na Avenida Cruzeiro do Sul traz discussões e pouco entendimento entre órgãos públicos

Quem passa pelos arredores da Av. Cruzeiro do Sul, em Santana, pode observar o motivo da dor de cabeça gerada entre moradores e comerciantes da região. Embaixo da plataforma da linha azul do metrô, onde situa-se o MAAU (Museu Aberto de Arte Urbana), obras foram iniciadas dia 04 de setembro a fim de instalar grades ao redor das pilastras – uma tentativa de conter a degradação, sujeira e violência que rondam o local.
E é ali, em uma das vias mais movimentadas da Zona Norte que o problema reside. Moradores de rua encontram abrigo embaixo das pilastras, usando-as como base para fogueiras que os aquecem, prejudicando as paredes das obras de grafite e colocando em risco as sustentações do metrô. Isso sem contar no acúmulo de lixo, já que entidades distribuem sopas e alimentos aos moradores de rua, ação social benéfica para a sociedade, mas que traz consigo a falta de estrutura que torna calçadas e estacionamentos das lojas locais repletos de embalagens plásticas e restos de comida.
Inúmeras discussões fizeram com que as obras fossem paralisadas e o assunto, apesar de muitas reuniões e posições, continua sendo pauta para acusações e empurra-empurra.
“No trecho sob o elevado da Linha 1 – Azul localizado no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, entre as estações Portuguesa-Tietê e Carandiru, de acordo com pesquisa documental e registros de imóveis da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, não foram identificadas áreas de propriedade da Companhia. A obra é realizada pela Associação Energia Vital, com autorização da Subprefeitura de Santana –Tucuruvi”, relata nota oficial do Metrô de São Paulo.
Porém, apesar do projeto do gradeamento ter sido levado à OSCIP Energia Vital, responsável pelo gradil, pelo ex-Subprefeito Santana/ Tucuruvi (Sérgio Teixeira) e defendido junto ao Metrô por representantes da OSCIP e o atual Subprefeito (José Francisco Giannoni), o órgão público afirma ter o assunto encerrado em sua repartição, aguardando uma resolução de outro órgão, ainda que não seja papel da Secretaria de Estado da Cultura cuidar de uma via pública.
“De acordo com a reunião havida em 19/10/12, no Gabinete do Sr. Secretário Municipal de Cultura, a decisão sobre a colocação ou não de grades sob os trilhos do Metrô, na Região de Santana, é da competência da Secretaria Estadual da Cultura, tendo em vista a existência do Museu Aberto de Arte Urbana – MAAU – na área. Assim, o assunto está encerrado no âmbito desta SP Santana Tucuruvi”, diz a nota oficial da Subprefeitura Santana/ Tucuruvi sobre o gradeamento da Av. Cruzeiro do Sul.
O fato é que, por mais desinformação que encontremos, existe um problema. Esse problema interfere diretamente na vida de centenas de pessoas que moram, trabalham ou passam pela região. E para que a solução seja encontrada torna-se necessário que órgãos públicos, organizações e associações se unam em prol de um consenso. Apenas assim os verdadeiros donos do local serão beneficiados, a população.

Em defesa da arte
“Chega a ser contraditório o Museu Aberto cercado por grades”, afirma Chivitz, um dos idealizadores do MAAU (Museu Aberto de Arte Urbana). Apesar de tomar conhecimento sobre as obras durante uma viagem ao exterior, o artista diz que eles (grafiteiros que juntos efetivaram a construção do Museu), defendem única e exclusivamente a arte. Chivitz não gostou da colocação das grades, pois acredita que elas interferem na visualização das obras, e é favorável à utilização do espaço de maneira que os moradores possam se entreter e interagir com as pinturas. “Nossa luta é pela arte”, finaliza ele.

Projetos
Justamente para acabar ou ao menos amenizar essa situação é que projetos estão sendo apresentados. Com a intenção de tornar a região da Av. Cruzeiro do Sul um ambiente com mais qualidade de vida, representantes de organizações defendem suas ideias, as quais ganham mais adeptos e oposicionistas a cada dia. O importante a ser ressaltado é que ambos os projetos representam a vontade de parte da população em fazer melhorias na região, e essa vontade é que deve prevalecer.

OSCIP Energia Vital – Projeto de 2010, foi trazido em 2011 por Sérgio Teixeira (ex- Subprefeito de Santana/ Tucuruvi) à OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Energia Vital. “Fomos procurados para viabilizar as obras de gradeamento e nossa intenção é de revitalizar esse espaço, criando nele uma nova vida e tornando-o mais iluminado. Pretendemos utilizar o interior das grades com oficinas e horário determinado para visitação ao MAAU. Após esse horário, quem pular as grades pode ser levado à delegacia”, diz Jacob Bider, representante da organização.
Através de ilustração, a OSCIP pretende mostrar como deverá ficar a Avenida se as obras continuarem em andamento. Quando indagado sobre a possível perda de visão dos pedestres e consequente falta de segurança, Jacob foi taxativo ao dizer que as novas grades, diferentemente do que acontece na estação Tietê do metrô, seriam mais largas, o que possibilitaria enxergar o outro lado da via com facilidade. Outro ponto importante seria a limpeza do local, que aconteceria através da manutenção regular mantida pela organização.
“As grades foram a solução que encontramos para que a iluminação que pretendemos colocar nos painéis com a revitalização não seja prejudicada. Nossa verba vem da parceria com instituições privadas e eles não iriam pagar por uma coisa que poderia ser furtada”, defende.

Santana Viva – Outro projeto que vêm sendo apresentado nas reuniões sobre as discussões do tema é o de um Corredor Verde. Jorge Ifraim está à frente dessa ideia, possuindo um blog em defesa do projeto (www.santanaviva.blogspot.com.br), onde aborda os prós de uma ciclovia e área ajardinada e os contras da colocação do gradil. Comerciante da região de Santana e conselheiro do CADES (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Jorge defende a contratação de arquitetos e urbanistas para que o espaço seja melhor aproveitado. “O que dá segurança não é a grade, e sim a ocupação pela sociedade, pelo povo”, diz.
Segundo ele, outras vias da região, como a Braz Leme e a Engenheiro Caetano Álvares, são exemplos de como essa utilização dos moradores pode revitalizar e trazer benefícios à sociedade.
“Moradores de rua pulam as grades e fazem delas os portões que as protegem, ou seja, elas não resolvem o problema”, diz, além de enumerar outros aspectos que tornam o projeto do gradil inviável, segundo sua visão.
Morador da região desde que nasceu, Ifraim é ativista pelos direitos da comunidade, reunindo-se a atores sociais a fim de buscar um amplo planejamento para o bairro e soluções para seus diversos problemas, entre eles, a reconstrução de uma Cruzeiro do Sul limpa e liberta.



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Publicado em 25.out.12




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14/10/2012 - 03h00 

Obra na ZN opõe moradores, é embargada e 

vira jogo de empurra



REGIANE TEIXEIRA
DE SÃO PAULO

Desde o dia 4 de setembro, a zona norte de São Paulo está dividida. Uma série de grades de cerca de dois metros de altura começou a ser instalada no canteiro central da avenida Cruzeiro do Sul, sob a linha 1-azul do metrô, no trecho que vai da estação Carandiru à Portuguesa-Tietê, perto de Santana.

A iniciativa divide não só um território, mas moradores e comerciantes. No último dia 6, a prefeitura mandou paralisar as obras, gerando questionamentos sobre de quem é a propriedade do espaço. Até agora, as grades foram instaladas em 30% dos 750 metros do trajeto.

Segundo a Energia Vital, Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que toca a instalação do gradil, a ideia surgiu de uma demanda de moradores e comerciantes.

"Havia reclamações sobre a falta de segurança, com ocorrências de assaltos em semáforos", diz o diretor técnico da Energia Vital, Eduardo Begas Henriques. "Além disso, moradores de rua faziam fogueiras nas pilastras que poderiam abalar as estruturas."

Olga Lysloff/Folhapress                   
  
                  Obra do artista Ciro


De acordo com Jacob Bider, também da Energia Vital, foi assinado um termo de cooperação com o Metrô e a Subprefeitura de Santana/Tucuruvi para que a obra fosse feita. Mas tanto a companhia quanto a subprefeitura de negam ser responsáveis pelo espaço. Em nota publicada no "Diário Oficial" da cidade, a prefeitura embargou a reforma até que o Metrô comprove que a área é de sua propriedade. A companhia diz que foi procurada pela subprefeitura para dar apoio e só forneceu os gradis.

Em comunicado, a empresa diz que, "de acordo com pesquisa documental e registros de imóveis da Companhia do Metropolitano de São Paulo, não foram identificadas áreas de propriedade da companhia".

O custo da operação, fora os gradis, é de cerca de R$ 200 mil, segundo a Energia Vital, que arca com os custos. A entidade diz que aguardará novas definições para voltar a tocar a obra.

Na última quarta (10), a sãopaulo acompanhou uma reunião sobre o assunto na Subprefeitura de Santana/Tucuruvi da qual participaram moradores, comerciantes e artistas.

Na ocasião, o subprefeito José Francisco Giannoni disse que a obra foi paralisada porque houve dúvidas sobre o que seria espaço público e privado. Segundo participantes, deverá haver outra reunião nesta semana para discutir o assunto.

CORREDOR VERDE

Enquanto a intervenção segue parada, Jorge Ifraim, 50, morador do Mandaqui e proprietário de um café na rua Voluntários da Pátria, em Santana, lidera o grupo que briga para que as grades sejam retiradas.
Há um ano, ele fundou a associação Portal Santana e se mobilizou contra as obras com o blogsantanaviva.blogspot.com.br e um abaixo -assinado na internet. "É falta de competência gradear uma área tão grande e não ter outra ideia do que fazer ali."

A reforma também não estaria evitando a presença de moradores de rua. "Eles pulam, dormem lá dentro e até penduram roupas nas grades", diz a comerciante Silvia Pizzo, 34, que tem uma loja a poucos metros da estação Carandiru. Para ela, o local deveria servir de estacionamento, como acontece próximo à estação Santana.

Os moradores e comerciantes reclamam ainda que a intervenção irá prejudicar a visibilidade das lojas e o acesso entre as ruas. Pedem que a área seja reurbanizada, com corredor arborizado para pedestres e ciclovia.

Há quem ache, por outro lado, que as grades trazem mais limpeza e segurança ao local. Para o jornaleiro Fabio Filgueira, 28, que trabalha próximo à estação Carandiru, a rua fica mais bonita com o gradil e as plantas que foram colocadas ali. "Eu mesmo não reformo o toldo da minha banca para não atrair mendigos à noite."

Eliana Fernandes Joaquim, 60, dona de uma floricultura, também apoia o projeto. "É a melhor coisa que podem fazer porque assim eles [moradores de rua] não têm onde ficar."

ARTE A CÉU ABERTO

Além do uso do espaço, a estética do canteiro da avenida também está sendo discutida. Em abril de 2011, 11 grafiteiros foram presos por colorir as pilastras do metrô ao longo da avenida Cruzeiro do Sul. Seis meses depois, o grupo conseguiu o apoio da Secretaria de Estado de Cultura para a realização de 68 painéis de 58 artistas, entre as estações Santana e Portuguesa-Tietê.

O conjunto de pinturas ganhou o nome de Museu Aberto de Arte Urbana. Segundo o artista Chivitz, 35, a proposta incluía ações educativas e a renovação anual dos murais. "Queremos que o espaço seja tombado."

A Secretaria de Estado da Cultura diz estar "conversando com os grafiteiros sobre a continuidade do projeto". Já a Energia Vital afirma que desde o início seu projeto teve o objetivo
de ser uma "galeria a céu aberto".

A associação garante que o local terá portões e poderá ser visitado pelo público das 8h às 20h. "Somos contra. São Paulo precisa de arte e também que os moradores interajam com os espaços onde moram", diz Chivitz.

OUTRAS MUDANÇAS

Melhorias que a região ganhou

Ciclovia: Depois de oito anos, foi inaugurada no dia 4/10 a ciclovia de 6 km na avenida Braz Leme, entre a rua Marambaia e a avenida Santos Dumont

Ciclofaixa: No dia 4 de março, começou a funcionar a ciclofaixa que liga a praça Heróis Expedicionários à estação Parada Inglesa

Conexão: A zona norte ganhou na última sexta mais 450 metros de pista na av. Santos Dumont, que ligam a ciclovia da Braz Leme com a ciclofaixa

Engenheiro Caetano Álvares: Em 2009 foi concluída a revitalização da avenida com pista de caminhada e equipamentos de ginástica


http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1167812-obra-na-zn-opoe-moradores-e-embargada-e-vira-jogo-de-empurra.shtml



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GRADES NA AV. CRUZEIRO DO SUL AGITAM A COMUNIDADE

Subprefeitura Santana/Tucuruvi - 10/Out/2012.


Com público recorde e clima tenso, a reunião do CADES Santana/ Tucuruvi teve como pauta principal a obra de gradeamento da área sob a linha azul do Metrô, entre as estações Tietê/ Portuguesa e Santana. O subprefeito Francisco Giannoni informou que determinou a paralisação da obra, para análise de questões legais.
A obra de gradeamento está paralisada desde o dia 05/10.
Em 04/09 teve início a instalação de cerca de 300 m de grades no canteiro central de dois quarteirões da av. Cruzeiro do Sul. Essa intervenção urbana, para os promotores da obra, é uma etapa da revitalização da região, além promover a proteção do patrimônio do Metrô. Para lideranças locais e mais de 600 pessoas que, em uma semana, assinaram o manifesto eletrônico, trata-se de uma obra que vai agravar a deterioração local, ao promover segregação entre os dois lados do bairro, e ainda desperdiçar recursos que poderiam ser usados de forma mais sustentável no local.
Ao longo dos dias a discussão esquentou, e a reunião do CADES mostrou os diversos atores envolvidos na questão: o Portal de Santana (associação de moradores e comerciantes locais), a OSCIP Energia Vital (empreendedora da obra), a Companhia do Metrô, a subprefeitura Santana-Tucuruvi, os grafiteiros responsáveis pelas obras nos pilares na avenida, a Secretaria Estadual de Cultura (que financiou o projeto dos grafiteiros), a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (responsável pelos CADES da cidade), além de políticos que se manifestaram.
Público na reunião.
Há tempos a associação Portal de Santana divulga o projeto de criar um caminho verde, com ciclovia, área gramada e pista de caminhada, nos baixos do metrô. Esse projeto inclusive ensejou a aproximação com a Rede Social Zona Norte e com o vereador Police Neto, que, por caminhos distintos, incentivam a criação de Planos de Bairro na cidade. Em Santana essas duas vertentes estão se encontrando, para a criação do Plano de Bairro de Santana. Por isso o vereador Police compareceu à reunião do CADES.
Eduardo Begas, diretor técnico da OSCIP Energia Vital, informou que procurou o Metrô para apresentar um projeto de revitalização para a área. Begas, por duas vezes na reunião, afirmou que pessoalmente tem críticas ao gradeamento, mas que os contatos com o Metrô resultaram no projeto de gradeamento, que seria do interesse da empresa, por questões de segurança inclusive operacionais. O diretor da OSCIP apresentou justificativas para não ter acontecido antes uma apresentação clara do projeto à comunidade.
O fato é que a polêmica gerada pela obra está fazendo o Metrô rever sua decisão: o próprio presidente da empresa, Peter Walker, enviou um email a Jorge Ifraim, do Portal de Santana e também membro do CADES, dizendo que suspenderia a obra, visando um entendimento entre os diversos atores, para transformar a área em algo assemelhado ao que existe na av. Braz Leme, com ciclovia, pista de caminhada, áreas gramadas, etc.
Por outro lado a subprefeitura, através do Diário Oficial de 06/10, determinou a paralisação da obra. O subprefeito Giannoni afirmou que não tem como ser o condutor dessa discussão. Ele pode orientar e fiscalizar as normas relativas a calçadas. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, através de sua técnica Helena Magozo, informou que já iniciou um diálogo com o Metrô, e que vai acompanhar a avaliação de propostas junto com a subprefeitura.
Subprefeito e Jorge Ifraim.
Eduardo Begas, da Energia Vital.
Os grafiteiros Binho e Chivitz, curadores do Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU), projeto que grafitou os pilares do metrô, se mostraram preocupados com a preservação desses trabalhos, e fizeram uma série de indagações na reunião. O 1º tenente PM Fabião, comandante do batalhão que cuida dessa região, afirmou que aquela é uma região complexa para a atuação da PM, e que todas essas medidas que estão sendo discutidas podem contribuir para a ação policial.
A questão está em aberto. Os próximos capítulos prometem ser um interessante exemplo de como o empoderamento da comunidade pode contribuir para que, via diálogo e participação, todas as partes sejam contempladas.
Minudências:
@ Clique AQUI para ver a matéria sobre a inauguração do MAAU - Museu Aberto de Arte Urbana, projeto da Secretaria Estadual de Cultura que grafitou os pilares do metrô.
@ Clique AQUI para ver o blog SantanaViva, com o abaixo assinado eletrônico, as comunicações de internautas, e mais detalhes.
@ Clique AQUI para ver o site da OSCIP Energia Vital
@ O diretor da Energia Vital, Eduardo Begas, disse que não sabe se as empresas que estão bancando a obra terão interesse em participar, se o projeto for alterado.
@ O vereador Police Neto foi à reunião de bicicleta. Segundo sua assessoria ele pedalou nesse dia quase 80 km pela cidade.
@ Como presidente da Câmara Municipal, Police precisa ser escoltado por seguranças, também de bicicleta. "Todos emagreceram", disse o assessor Fernando Novikow.
@ O morador Eliseu Santoni afirmou ser contra o "muro da vergonha". "Não devemos criar na região nem um gueto de Varsóvia nem uma faixa de Gaza", afirmou.
     @ O CADES Santana/ Tucuruvi se reúne toda segunda 4ª-feira de cada mês, às 17h, na subprefeitura, para discutir temas relevantes para a comunidade.


http://www.znnalinha.com.br/santana/html/grades.html


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Blog Zona Norte (Facebook) - 11.out.12 









Acesse esta importante matéria do BLOG ZONA NORTE na sua íntegra, com uma abordagem profunda e detalhada do tema, da reunião do CADESst e suas consequências, através do link:

http://www.blogzonanorte.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=690%3Acaso-cruzeiro-no-sul-vence-a-cidadania&Itemid=7


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Esta matéria saiu também na versão impressa do jornal "O Estado de S. Paulo" de segunda-feira, 
08 de outubro de 2012 - caderno CIDADES / METRÓPOLE   pág. C7


 

Praças e espaços públicos abertos de São

 

Paulo ganham grades e muretas

 

Medida é defendida por especialistas em segurança e criticada por urbanistas; mudança na Cruzeiro do Sul motiva mobilização online

08 de outubro de 2012 | 11h 18
Edison Veiga, Nataly Costa e Rodrigo Burgarelli

SÃO PAULO - Praças e espaços públicos abertos de São Paulo estão ganhando grades e muretas. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo rodou a cidade e encontrou vários exemplos, alguns bem recentes - caso de uma praça em uma grande avenida que nem foi inaugurada e já tem grades e um canteiro, cercado na semana passada. Nessa lista, há pelo menos sete espaços públicos que poderiam ser abertos e foram gradeados.


Obra em canteiro da Avenida Cruzeiro do Sul fez moradores organizarem abaixo-assinado - Paulo Liebert/AE
Paulo Liebert/AE
Obra em canteiro da Avenida Cruzeiro do Sul fez moradores organizarem abaixo-assinado

A prática é polêmica, e divide a opinião de moradores e especialistas. Quem defende a medida diz que a sensação de segurança, a conservação e a limpeza do espaço aumentam com os gradis. Os críticos, porém, argumentam que fechar uma praça é ir contra a livre circulação de pessoas.

Em uma área desapropriada pela Prefeitura em junho, a Praça Raízes da Pompeia, no bairro de mesmo nome, começou a sair do papel há pouco mais de um mês e ainda está em fase de terraplenagem. Mas as grades já estão lá, acompanhadas de um muro de quase 1 metro.

"Não entendi, pensei que a praça seria um local de convívio, de descanso. Já está parecendo uma prisão", diz a administradora de empresas Quitéria Soares, de 41 anos, que mora e trabalha na Pompeia. Questionada, a Prefeitura disse que "a área na Pompeia com a Rua Turiaçu foi gradeada provisoriamente, enquanto é desenvolvido projeto para o local".

Polêmica. Na sexta-feira, 5, a reportagem visitou outro gradeamento que virou polêmica na zona norte: em torno do canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, esquina com a Zaki Narchi. A área - embaixo de algumas estações da Linha 1-Azul do Metrô - começou a ser totalmente gradeada entre as Estações Tietê e Santana, no fim do mês passado, e revoltou um grupo de moradores, que está fazendo um abaixo-assinado online para que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) reverta a medida.
"Gradear não vai resolver o problema dos moradores de rua. Ao contrário: eles invadem a área fechada e aí, sim, vão morar ali de vez. Estão criando uma cicatriz no tecido urbano em Santana, dividindo o bairro em dois", diz o comerciante Jorge Ifraim, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades).

O Metrô afirma que a intervenção foi solicitada por moradores e comerciantes da região e vai melhorar o visual e a segurança. A obra, segundo a companhia, está sendo feita por uma associação, e só os gradis são fornecidos pelo Metrô. Ifraim, porém, defende a criação de um "corredor verde" no local, parecido com o canteiro central da Avenida Brás Leme, a poucos quilômetros dali. "Queremos um concurso com arquitetos para escolher um projeto paisagístico. É uma área de 18 mil m² que está sendo abandonada pelo poder público."

Em Santo Amaro, a Praça Floriano Peixoto, gradeada, é local de uma feirinha de artesanato. "Se fosse aberta, teríamos mais clientes, pois mais gente cruzaria a praça", acredita o artesão Luiz Santos, de 36 anos. Frequentador assíduo da praça, entretanto, o aposentado Eusébio Silva, de 72 anos, gosta das grades. "Sinto-me seguro", diz. "E, se a praça fosse aberta, tenho certeza de que estaria suja."

Largo. Outro exemplo de polêmica é a praça no Largo de São Francisco, no centro, bem na frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Um trecho com saídas de ventilação do metrô e pequenos canteiros verdes foi totalmente gradeado há um ano e meio, bloqueando até uma passagem de pedestres. Segundo a companhia, a área foi cercada por questões de segurança, pois o respiro não poderia ficar vulnerável.Moradores de rua agora usam as grades para montar barracas - três delas estavam lá na sexta, uma até com um sofá do lado de fora. Comerciantes da região reclamam da medida. "Isto aqui está cada vez pior. Proíbem os moradores de rua de ficar perto da faculdade, mas não dão opção melhor. Trabalho aqui há 20 anos, e nunca vi essa praça tão ruim", afirmou um dos vendedores da feira livre.



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Jornal do SBT Manhã de 24.set.12 às 7h03 - ao vivo com o âncora Rodolpho Gamberini




http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=24707&t=SP%3A+Populacao+pede+praca+em+obra+antimendigo+na+zona+norte



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SANTANA CAMINHA PARA TER O SEU PLANO DE BAIRRO

Carmel by-The Sea - 20/Set/2012.


A experiência bem sucedida do Plano de Bairro de Perus, junto à metodologia desenvolvida pelo SENAC, são duas bases sólidas para a criação do Plano de Bairro deSantana. A união dessas duas frentes está sendo articulada pela associação Portal deSantana. O pontapé inicial se deu em reunião com presença de cerca de 20 pessoas.
Reunião sobre o Plano de Bairro de Santana.
As diretrizes do Plano Diretor da Cidade propõem que os bairros criem os seus planospróprios, considerando as características locais, e engajando os moradores nessa construção. Quando o cidadão dá o primeiro passo para fora de sua casa, ele se encontra na sua rua, que é parte integrante do seu bairro. Esse espaço, no conceito dos Planos deBairro, se chama UAM - Unidade Ambiental de Moradia. A proposta de um Plano de Bairroé melhorar a qualidade de vida nas UAMs.
Há tempos Santana assiste à degradação contínua de sua parte mais próxima à Marginal e à Rodoviária do Tietê. Chamada por muitos de "Santana de Baixo", a região abriga uma grande lista de importantes equipamentos públicos e privados. No entanto as suas ruas não inspiram vontade de se passear por elas, estão praticamente abandonadas. Isso levou o morador Jorge Ifraim a cativar seus vizinhos e comerciantes locais, para a tarefa de ajudar o poder público a mudar esse quadro. Assim surgiu o Portal de Santana.
Em reunião no café Carmel by-The Sea, a arquiteta Elisabeth Carvalho Salgado, que trabalhou no Plano de Bairro de Perus, e Jorge Silveira Duarte, responsável pela área deDesenvolvimento Social no SENAC, conheceram um pouco da realidade do distrito, e as propostas iniciais do Portal de Santana, visando a criação do Plano de Bairro local.
Arquiteta Elisabeth à direita.
Plano de Bairro de Perus em livros.
Junto com Francisco Salgado, a arquiteta Elisabeth desenvolveu esse planejamento local participativo do bairro de Perus, que servirá como orientação para que a comunidade acompanhe as realizações. Esse trabalho foi inclusive transformado em dois livros que detalham o projeto. A arquiteta esteve na reunião para falar dessa realização, que teve a participação ativa do vereador Police Neto.
O SENAC, já há um bom tempo, desenvolve um trabalho de participação social, atravésde seus Planos de Desenvolvimento Local, construídos em Rede. Jorge Duarte apresentou esse conceito, e exemplificou com o bairro da Bela Vista, na capital, e as cidades deItirapina e de Botucatu, com projetos avançados, com publicações já prontas.
A população aguarda uma nova gestão pública tomar posse, trazendo novidades. Porém é importante observar que a sociedade civil também tem responsabilidades. O terceiro setor pode e deve colaborar com o poder público para a melhoria da qualidade de vida da cidade. A construção de um instrumento de planejamento e ação locais, como os Planos deBairro, é um passo importante nesse sentido.
Minudências:
@ O Plano de Bairro de Perus foi beneficiado, na sua realização, pela verba dos créditos de carbonos oriundos do Aterro Bandeirantes, localizado na região.
@ A Rede Social Zona Norte, já com dois anos de existência, é fruto desse projeto dedesenvolvimento local puxado por todas as unidades do SENAC. No caso, pelo SENACSantana. Clique AQUI para conhecer. http://www.znnalinha.com.br/rede/index.html
@ Pode-se pensar o Portal de Santana, região entre a av. Gal. Ataliba Leonel e a Marginal do Tietê, como uma das diversas UAMs - Unidades Ambientais de Moradia, que vão compor o Plano.
@ No perímetro "de baixo" do distrito de Santana encontramos, entre unidades públicas: o Centro de Zoonoses, o Coordenadoria Norte de Saúde, o teatro municipal Alfredo Mesquita, o Arquivo do Estado, o Parque de Exposições do Anhembi, o Pronto Socorro deSantana e a Rodoviária do Tietê.
     @ Entre empresas privadas, estão a UniSant´Anna, a Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas - APCD, o Colégio Luiza de Marillac, a PUC, todo o comércio local, além de novos prédios comerciais em obras.




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Matéria publicada ho Jornal da Tarde de 01 de setembro de 2011 - pag. 3A (Caderno CIDADE), onde o jornalista Fabiano Nunes entrevista Jorge Ifraim sobre o Projeto de uma Praça no trecho interrompido da Rua Paineira do Campo. Esta idéia foi concebida e consensuada genuinamente nas reuniões da APSA, e foi apoiada pela Rede Social Zona Norte, com a força da sua capailaridade e poder de mobilização.






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Em razão da repercussão da entrevista de 15 de maio (mais abaixo), Leila Navarro convida novamente Jorge e Camila para aprofundarem um pouco mais o tema das Redes Sociais - e falarem de uma ação concreta de organização da Sociedade para a melhoria da Qualidade de Vida de uma área específica -  neste caso, a Associação Portal de Santana. Participa também da conversa o palestrante internacinal José Maria Gasalla,. especialista no tema "Direção por Confiança", tendência atual no mundo corporativo. Foi ao ar na Rádio Mundial  (95.7FM) dia 17.07.11 às 14h30.




Entrevista Jorge Ifraim e Camila Rizzo


Jorge Ifraim e Camila Rizzo falam sobre redes sociais como forma de interação horizontal.
Jorge Ifraim é networker, empreendedor, consultor empresarial na área de Negócios e T&D (Treinamento e Desenvolvimento e Camila Rizzo Chiarantano coordenadora dos Programas “Rede Social” e “Desenvolvimento Local” no Senac Santana.
Redes Sociais são formas de interação horizontais (não-hierárquicas), policêntricas, auto-organizadas, dinâmicas, ao contrário das estruturas verticais (família, trabalho, escola, etc.), que são hierarquizadas.
Há um ano constituiu-se a REDE SOCIAL ZONA NORTE uma iniciativa catalisada pela área de Desenvolvimento Social do SENAC Santana, que tem como objetivo integrar pessoas e organizações e criar um ambiente propício para a concretização de propostas que beneficiem a região.
Confira este programa que ainda tem a participação especial do professor José María Gasalla!


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Mais uma matéria escrita pelo jornalista Eduardo Britto falando da necessária requalificação urbanística da "Santana de Baixo". A Associação Portal de Santana (APSA) objetiva o Desenvolvimento Local deste quadrilátero citado na matéria, mas também de toda a área adjacente - da Ponte da Vila Guilherme até a Ponte da Casa Verde, pois não queremos nos tornar uma "Belíndia" - "ilhas" de "Bélgicas" cercadas por "Índias" por todos os lados. Só uma solução com um foco abrangente e sistêmico será satisfatória
Destaca nossa reivindicação de transformar o trecho da Rua Paineiras do Campo (sentido Rua Voluntários da Pátria para a Praça Campo de Bagatelle) - que segundo o subprefeito não mais será reaberto ao tráfego de carros - num praça, com jardins, equipamentos de ginástica para a Terceira Idade, um pequeno palco (ou coreto), pista de cooper, etc. E, quem sabe, batizá-la de "Ayrton Senna da Silva" - que morou na sua infância a cerca de 500m do local.

PARA LER A MÁTÉRIA NA PÁGINA ORIGINAL CLIQUE AQUI




14-BIS: RESTAURADO O MARCO DE ENTRADA DA ZONA NORTE

Praça Campo de Bagatelle – 22/Jun/2011


Com a presença de três “gerações” de administradores públicos locais, foi entregue à população o restauro da réplica do avião 14-Bis, referência na principal rota de acesso à Zona Norte.

Santos Dumont, cel. Marins, subprefeito Teixeira, eng. Cimino e cel. Silva.

O engenheiro civil Murillo de Arruda Cimino, hoje com 83 anos, era administrador regional de Santana em 1974, e se orgulha de ter trazido para a região essa homenagem a Santos Dumont, pai da aviação. “Foi uma idéia do então prefeito Figueiredo Ferraz. Quando ele deixou o cargo, pediu para a ‘peteca não cair’”, lembrou Cimino, que levou a proposta adiante. “Foi quando mudou o nome do local, de praça do Bandeirante para praça Campo de Bagatelle, que foi o local em Paris onde o 14-Bis voou”, contou.
O coronel da reserva Marins era prefeito da Aeronáutica em 2006, e foi responsável pela primeira reforma da réplica do 14-Bis. Porém nos últimos anos uma série de depredações e furtos praticamente destruiu esse marco representativo. Foi quando a subprefeitura Santana-Tucuruvi, em parceria com a Aeronáutica, deu início ao processo de restauro ora entregue.
Sérgio Teixeira, subprefeito de Santana - Tucuruvi, explicou que teve o apoio do brigadeiro Barros, comandante do PAMA – Parque de Materiais de Aeronáutica, para iniciar o restauro. Para a conclusão falta apenas as luzes coloridas que vão destacar o 14-Bis à noite. “Já temos a empresa que vai instalar a iluminação, e estamos fechando o projeto”, afirmou Teixeira.

Vista da praça Campo de Bagatelle, entrada da Zona Norte.

O subprefeito anunciou a execução de uma série de obras no eixo da av. Santos Dumont, desde a praça Campo de Bagatelle até a av. Braz Leme. Serão obras de drenagem, iluminação e paisagismo, inclusive utilizando recursos do projeto Florir, com o qual a prefeitura tem revigorado praças na cidade. “São 14 praças já em processo de execução, e a praça Campo de Bagatelle é para breve”, afirmou o subprefeito Teixeira.
A Associação Portal de Santana (APSA), grupo recém-criado de moradores e empresários da parte baixa de Santana, pretende apoiar o poder público na revitalização dessa região, e tem um projeto de transformar a metade da rua Paineiras do Campo, que foi fechada ao tráfego, em uma grande praça, que se uniria às áreas verdes da av. Santos Dumont. Jorge Ifraim, um dos coordenadores da APSA, teve informações de que esse sentido da rua (Voluntários – Campo de Bagatelle) não será reaberto para veículos. Um croqui de projeto já está sendo feito pelo arquiteto Gilberto Cordeiro, membro da APSA, para ser apresentado à subprefeitura.

Proposta da APSA: uma praça na parte interna (sem tráfego) dessa rua.


Minudências
@ De todas as pontes que acessam a ZN, a ponte das Bandeiras é a que está mais próxima do centro da cidade, sendo historicamente a ligação mais importante.
@ O eixo da av. Santos Dumont com ponte das Bandeiras e a praça Campo de Bagatelle, até a praça Heróis da FEB, na esquina com a av. Braz Leme, é um dos mais belos trechos do sistema viário da cidade.
@ O subprefeito Sérgio Teixeira afirmou que, ao lado do projeto Florir, a revitalização paisagística da av. Santos Dumont terá o auxílio das compensações ambientais que a Dersa tem que fazer, por conta da obra de ampliação da Marginal do rio Tietê.
@ A Aeronáutica esteve representada na entrega do restauro do 14-Bis, pelo coronel Silva, chefe da divisão administrativa do PAMA – Parque de Materiais da Aeronáutica.
@ Santos Dumont (1873-1932) é considerado o Pai da Aviação. Em 23/10/1906, há 104 anos, ele fez voar o 14-Bis, por 60 metros, no Campo de Bagatelle, em Paris.
@ A Associação Portal de Santana quer ser parceira do poder público na revitalização da parte baixa de Santana que, distante do centro do bairro, em área menos adensada, vive um processo de estagnação.
@ Porém a existência de diversos órgãos públicos, e a chegada de novos empreendimentos comerciais, dá confiança a um processo de revitalização.
     @ A área abrangida pela Associação Portal de Santana é o quadrilátero formado pelas avenidas Marginal do rio Tietê, Santos Dumont, Gal. Pedro Schneider e Gal. Ataliba Leonel, e av. Cruzeiro do Sul.


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O jornalista e gestor ambiental Léo Urbini descreve a importância das redes Sociais,e sua forma horizontal de operação, nas mudanças que esperamos na nossa Qualidade de Vida. Ressalta o caráter "interiorano" da Zona Norte paulistana, e seu sentimento de "pertencimento". Mostra a iniciativa da Rede Social Zona Norte, e da Associação Portal de Santana, que surge como uma sub-rede da mesma, com o mesmo "DNA" (busca do Desenvolvimento Local - nos aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais, estruturação em rede, integração do setor público, iniciativa privada e sociedade civil, etc.). Resgata a importância do "Pensar Global e Agir Local" - bandeira da ECO-92 (Rio de Janeiro) e conclui com a afirmação de que deixaremos para o mundo os filhos dos nossos exemplos.

Revista ZN  (Meio Ambiente - pag. 28) 



Um projeto inovador, de um vídeo-documentário chamado "Caminhos pro Interior",  seguindo o mesmo roteiro do texto ("Redes sociais em debate"), está disponibilizado em|:



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EXCELENTE MATÉRIA ESCRITA PELO JORNALISTA E HISTORIADOR EDUARDO BRITTO NO PORTAL "ZN NA LINHA" (QUE ESTÁ SE TORNANDO UMA "AGÊNCIA DE NOTÍCIAS" DA ZONA NORTE), EM QUE ELE CORRELACIONA DOIS ACONTECIMENTOS DISTINTOS QUE POSSUEM O MESMO EIXO TEMÁTICO, QUE É A REQUALIFICAÇÃO DO BAIRRO DE SANTANA. E USA NOSSO SLOGAN COMO TÍTULO.

PARA LER A MÁTÉRIA NA PÁGINA ORIGINAL CLIQUE AQUI



"DA SANTANA QUE AMAMOS PARA A QUE MERECEMOS!"

Carmel By The Sea e Distrital Norte da ACSP - Junho/2011


As atenções se voltam para Santana - capital da Zona Norte, próxima de completar 229 anos. Santana é a principal porta de entrada para a ZN, razão do poder público e a sociedade civil se unirem, para melhorar a infra-estrutura e a qualidade de vida de seus moradores. Duas reuniões tiveram o distrito como foco.

Prefeito confere a Operação Delegada na r. Voluntários da Pátria.

Na noite de 13/06 cerca de 30 pessoas se reuniram no bar Carmel By The Sea, para tratar da revitalização de um pedaço esquecido de Santana, que é exatamente a sua entrada, no início da av. Cruzeiro do Sul e da r. Voluntários da Pátria. A proposta é criar a Associação Portal de Santana, para lutar por melhorias para essa região do "baixo Santana" que, apesar de esquecida, tem empreendimentos como o terminal rodoviário do Tietê, a UniSant´Anna, a Coordenadoria Norte de Saúde, o Centro de Zoonoses, o DEIC, uma nova unidade que surge da AACD, dois grandes hotéis, além de novos edifícios comerciais em obras.
Jorge Ifraim, engenheiro, membro do CADES Santana-Tucuruvi e da Rede Social Zona Norte, fez uma apresentação de propostas para a região. O lema da Associação Portal de Santana é "Da Santana que amamos para a que merecemos!". Entre as propostas para a revitalização, ganhou destaque a questão dos moradores de rua. Aproveitando o relativo esvaziamento da região à noite, trechos das avenidas Cruzeiro do Sul, Santa Eulália e Voluntários da Pátria servem de abrigo e moradia para moradores de rua, o que não contribui para a revigoração da área. O debate ao final da reunião pretendeu dar andamento a essa e outras questões que afetam a região.

Moradores de "Santana de baixo" em reunião.

Três dias depois, na noite de 16/06, a Distrital Norte da Associação Comercial de SP teve a presença do subprefeito Sérgio Teixeira, para falar do primeiro ano da Operação Delegada (OD) em Santana, além de outros projetos para a ZN. Um mês antes, no dia 18/05, o subprefeito acompanhou o prefeito Kassab e o coronel PM Marin, responsável pelo policiamento da região, pelas ruas de Santana, também em comemoração aos 12 meses da OD em Santana.
Sérgio Teixeira considerou que a r. Voluntários da Pátria, na região comercial de Santana, "estava inóspita, em absoluto desrespeito aos direitos do cidadão". Havia 800 vendedores ambulantes no local. Os poucos que tinham TPU - Termo de Permissão de Uso, já estavam com esse "alvará" invalido, por uso indevido. "Havia um problema de organização social", disse o subprefeito. Por isso, a estratégia foi ocupar posições antes da chegada dos camelôs, na madrugada de 30/05/2010. Desde então a r. Voluntários da Pátria, a partir do nº 1500, vive outra realidade, com floreiras nas calçadas, livres para os pedestres.

Subprefeito fala ao auditório lotado da Distrital Norte.

O auditório da Distrital Norte superlotou, pois foi anunciada a presença do secretário das Subprefeituras Ronaldo Camargo. De última hora ele não pode comparecer, o que obrigou o subprefeito Sérgio Teixeira a improvisar uma apresentação, o que foi feito com bastante sucesso. "Temos projetos de todo tipo, e em várias fases de andamento", disse o subprefeito. Ele deu destaque a cinco reconstruções de passeio, a reforma da praça Silvinha Araujo, ao lado do terminal rodoviário do Tietê; contenção de talude na r. do Tramway; a reforma da praça Agostinho Nohama, no Mandaqui; o início de planejamento de ampliar calçadas, enterrar fiação e renovar drenagem na r. Voluntários da Pátria - "será um shopping a céu aberto, da Conselheiro Moreira de Barros à Braz Leme", disse o subprefeito.
O subprefeito disse que já houve licitação para a obra viária que vai ligar a av. Cruzeiro do Sul até o Mandaqui, mas existem duas questões segurando início das obras: o licenciamento ambiental e a construção de um prédio residencial no início da r. José Debieux, bem onde passaria a avenida. Quanto ao alargamento da rua Darzan, da av. Braz Leme até a Gal. Ataliba Leonel, essa obra ainda está em fase de projeto.
Minudências
@ A Operação Delegada (OD) em Santana conta com 100 policiais PM, divididos em dois turnos de 50, das 8 às 22h. O policial trabalha no horário de folga da corporação, e não pode exceder 96 horas/mês de trabalho na OD.
@ A prefeitura paga essas horas. Trabalhando 96 horas/mês, cada policial aumenta a sua renda mensal em cerca de R$ 1.200,00.
@ Falando em Operação Delegada, os moradores da região do "Portal de Santana" sentem falta do policiamento da OD na região. Eles dificilmente descem para baixo da av. Gal. Ataliba Leonel.
@ O subprefeito Sérgio Teixeira disse que foi pedida a duplicação do número de policiais na Operação Delegada de Santana.
@ A Associação Portal de Santana coloca como uma de suas propostas a construção de um portal arquitetônico, marcando a entrada da Zona Norte.
@ Além do subprefeito, na mesa da Distrital estavam: João Bico de Souza, superintendente da Distrital Norte; José Luiz Verardino, subprefeito de V. Maria/ V. Guilherme; João de Fávari, diretor da ACSP; Aníbal de Freitas, vereador; David Fernandes, ex-superintendente da Distrital Norte; e Carlos Cesar Castiglione, delegado da Divisão Anti-sequestro da Polícia Civil.
@ João Bico de Souza, superintendente da distrital Norte, acaba de ser eleito membro da Comissão de Política Urbana de São Paulo. Foi eleito com 222 votos.
@ Foi homenageada a Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil, que há cerca de dois anos tem a sua sede na r. Benvinda Aparecida Leme, em Santana.
@ Santana vai completar 229 anos no dia 26/07, dia de Santa Ana. 


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Entrevista concedida ao Programa de rádio "Talento para ser feliz" de Leila Navarro na Rádio Mundial  95.7FM, abordando as Redes Sociais, com ênfase na Rede Social Zona Norte e na Associação Portal de Santana. Foi ao ar em 15.05.11 às 14h30.
http://www.podcast1.com.br/canais/canal934/15-05-Leila_Navarro_-_Jorge_e_Camila.mp3


Redes sociais como forma de interação horizontal


Durante entrevista Jorge Ifraim, da Associação Portal de Santana, e Camila Rizzo Chiarantano falam sobre o trabalho de responsabilidade social que realizam. De uma forma diferenciada, evidenciando um novo paradigma, eles dão ênfase às redes sociais como forma de interação horizontal (não hierárquica), onde busca-se o diálogo ao invés da discussão, a cooperação substituindo a competição, o consenso no lugar da votação. Vale a pena conferir.

Programa “Talento para ser feliz”
Rádio Mundial 95,7 FM/660 AM
Todos os domingos, às 14h30.


CONTATOS DOS ENTREVISTADOS

Jorge Ifraim,
 networker, empreendedor, consultor empresarial na área de negócios e T&D, sócio da CARMEL by-the-Sea - "Ponto de encontro de cabeças-pensantes".jifraim@gmail.com
Camila Rizzo Chiarantano, coordenadora dos Programas de Redes Social e Desenvolcimento local no Senac Santana. camila.rchiarantano@sp.senac.br


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